A resposta é sim! Porém, alguns cuidados são necessários.
Sabemos que a prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios, tanto para a saúde física, quanto mental.
A telereabilitação é um método inovador que permite aos pacientes o acesso remoto a uma equipe especializada de reabilitação.
Através de tecnologias de informação e comunicação, como câmeras e softwares específicos, a telereabilitação oferece os mesmos serviços que uma reabilitação presencial, com a diferença de que a pessoa não precisa se deslocar para ter o suporte.
O método propicia interação em tempo real entre o paciente e o profissional de saúde, sendo que este passa as atividades que devem ser realizadas e acompanha o andamento – como uma consulta normal.
Qual a importância da telereabilitação para os pacientes?
A reabilitação neurofuncional é um procedimento complexo, que exige uma série de fatores para que os resultados sejam satisfatórios.
Contudo, o acesso nem sempre é fácil em algumas regiões do país, mesmo nos grandes centros – que concentram a maior parte dos profissionais.
Assim, a difícil mobilidade e as grandes distâncias acabam impedindo os pacientes de receberem um tratamento na frequência que eles precisam no processo de reabilitação.
Nesse cenário, a telereabilitação surge como uma ótima alternativa, visto que os pacientes não precisam se deslocar para realizarem seu tratamento e, assim, recuperarem o seu bem-estar.
A telereabilitação funciona?
Na prática, essa modalidade tem como finalidades principais:
Orientar o paciente quanto à prática adequada de atividades físicas de acordo com a sua idade e a situação de saúde atual;
Oferecer todo o suporte físico, psíquico e nutricional para que, aos poucos, ele retome a sua normalidade;
Passar exercícios e manobras de fisioterapia para que o movimento seja restabelecido;
Acompanhar todo o processo de reabilitação, modificando as ações conforme ele for melhorando.
Além disso, a telereabilitação pode ser realizada visando orientar familiares, cuidadores ou mesmo equipes multidisciplinares que atuem de forma presencial sobre o tratamento mais adequado para a etapa de reabilitação.
Diversos estudos foram feitos nos últimos anos, demonstrando a eficácia da telereabilitacão em aspectos como melhora da força, ganho de mobilidade,
Em quais circunstâncias a telereabilitação é indicada?
Devido às limitações que esse formato ainda oferece, uma vez que não permite o contato entre paciente e profissional de saúde, existem algumas circunstâncias em que a telereabilitação é mais recomendada.
Os problemas mais comuns são:
Dores crônicas, como as osteoarticulares e neuropáticas;
Pré e pós operatório ortopédico;
Doenças neurológicas, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumatismo craniano, neuropatia, lesões na medula, esclerose múltipla, Doença de Parkinson, entre outras.
Problemas cardíacos e pulmonares;
Doenças oncológicas, especialmente após a realização de tratamentos como cirurgia de retirada de tumor e quimioterapia;
Alterações de equilíbrio ou perda de função, comum em idosos;
Quais os principais cuidados?
A confiabilidade no teleatendimento é considerada de alta a moderada, porém, para avaliação dependendo do estado do paciente é necessário uma consulta presencial.
Alguns cuidados precisam ser tomados, e o principal deles é sobre a segurança do paciente.
Pacientes com alto risco de queda precisam de acompanhamento constante, e nesses casos, o mais indicado é o atendimento presencial.
Pacientes com comprometimento cognitivo também não são os melhores candidatos para esse tipo de reabilitação, uma vez que o contato físico tem papel fundamental nesses casos.
Cada caso deve ser avaliado individualmente, e é importante que cuidadores e familiares estejam envolvidos no tratamento.
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