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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

Quem tem doença neurológica pode fazer telereabilitação?


A resposta é sim! Porém, alguns cuidados são necessários.

Sabemos que a prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios, tanto para a saúde física, quanto mental.


A telereabilitação é um método inovador que permite aos pacientes o acesso remoto a uma equipe especializada de reabilitação.

Através de tecnologias de informação e comunicação, como câmeras e softwares específicos, a telereabilitação oferece os mesmos serviços que uma reabilitação presencial, com a diferença de que a pessoa não precisa se deslocar para ter o suporte.

O método propicia interação em tempo real entre o paciente e o profissional de saúde, sendo que este passa as atividades que devem ser realizadas e acompanha o andamento – como uma consulta normal.


Qual a importância da telereabilitação para os pacientes?


A reabilitação neurofuncional é um procedimento complexo, que exige uma série de fatores para que os resultados sejam satisfatórios.

Contudo, o acesso nem sempre é fácil em algumas regiões do país, mesmo nos grandes centros – que concentram a maior parte dos profissionais.

Assim, a difícil mobilidade e as grandes distâncias acabam impedindo os pacientes de receberem um tratamento na frequência que eles precisam no processo de reabilitação.

Nesse cenário, a telereabilitação surge como uma ótima alternativa, visto que os pacientes não precisam se deslocar para realizarem seu tratamento e, assim, recuperarem o seu bem-estar.


A telereabilitação funciona?


Na prática, essa modalidade tem como finalidades principais:

  • Orientar o paciente quanto à prática adequada de atividades físicas de acordo com a sua idade e a situação de saúde atual;

  • Oferecer todo o suporte físico, psíquico e nutricional para que, aos poucos, ele retome a sua normalidade;

  • Passar exercícios e manobras de fisioterapia para que o movimento seja restabelecido;

  • Acompanhar todo o processo de reabilitação, modificando as ações conforme ele for melhorando.

Além disso, a telereabilitação pode ser realizada visando orientar familiares, cuidadores ou mesmo equipes multidisciplinares que atuem de forma presencial sobre o tratamento mais adequado para a etapa de reabilitação.


Diversos estudos foram feitos nos últimos anos, demonstrando a eficácia da telereabilitacão em aspectos como melhora da força, ganho de mobilidade,


Em quais circunstâncias a telereabilitação é indicada?

Devido às limitações que esse formato ainda oferece, uma vez que não permite o contato entre paciente e profissional de saúde, existem algumas circunstâncias em que a telereabilitação é mais recomendada.


Os problemas mais comuns são:

  • Dores crônicas, como as osteoarticulares e neuropáticas;

  • Pré e pós operatório ortopédico;

  • Doenças neurológicas, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumatismo craniano, neuropatia, lesões na medula, esclerose múltipla, Doença de Parkinson, entre outras.

  • Problemas cardíacos e pulmonares;

  • Doenças oncológicas, especialmente após a realização de tratamentos como cirurgia de retirada de tumor e quimioterapia;

  • Alterações de equilíbrio ou perda de função, comum em idosos;


Quais os principais cuidados?


A confiabilidade no teleatendimento é considerada de alta a moderada, porém, para avaliação dependendo do estado do paciente é necessário uma consulta presencial.

Alguns cuidados precisam ser tomados, e o principal deles é sobre a segurança do paciente.

Pacientes com alto risco de queda precisam de acompanhamento constante, e nesses casos, o mais indicado é o atendimento presencial.

Pacientes com comprometimento cognitivo também não são os melhores candidatos para esse tipo de reabilitação, uma vez que o contato físico tem papel fundamental nesses casos.


Cada caso deve ser avaliado individualmente, e é importante que cuidadores e familiares estejam envolvidos no tratamento.









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