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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

O que é a estimulação transcraniana por corrente contínua?



A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) é um tratamento avançado de neuromodulação aplicado para modificar a excitabilidade cerebral, de forma segura, não invasiva, através de uma corrente que se desloca por dois eletrodos (cátodo e ânodo) posicionados em regiões externas do crânio, estratégicamente determinado pelo profissional, gerando uma pequena corrente galvânica, que altera a atividade elétrica cerebral da área trabalhada, aumentando ou diminuindo a excitabilidade cortical.


Como a ETCC é utilizada?


A ETCC é um tratamento muito útil para os casos de doenças neurológicas e nos processos de reabilitação, tais como: a doença de Parkinson, dor crônica, doenças cérebro-vasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), fibromialgia, zumbido, dependência química e depressão.

A aplicação de corrente anódica no córtex motor resulta em melhor desempenho motor, no aumento do rendimento do aprendizado motor implícito e memória operacional em pacientes com doença de Parkinson. Vários estudos realizados indicam que a ETCC pode trazer melhorias na função cognitiva, em habilidades motoras e no humor.


Como funciona a ETCC?


A estimulação é feita em consultório ou em ambiente domiciliar, colocando-se duas esponjas sobre o couro cabeludo, uma com polaridade positiva (vermelha ou ânodo) e outra com polaridade negativa (preta ou cátodo), embebidas em soro fisiológico. A localização dos eletrodos é determinada pelo profissional, de acordo com a necessidade de cada paciente.

Em geral o tratamento com ETCC é feito em 20 sessões de indução, e entre 10 ou 20 de mantenção. Cada sessão dura em torno de 20 minutos.


Efeitos Colaterais


A ETCC é uma técnica bastante segura e seus principais efeitos colaterais são raros, mas podem aparecer como cefaleia leve e um prurido (coçeira) transitório no local de aplicação dos eletrodos.


Duração do tratamento


O tratamento é dividido em duas fases: indução e manutenção.

Na fase de indução são realizadas de 20 a 40 sessões diárias, dependendo da patologia e da resposta do paciente. Nessa fase inicial, o objetivo é modular a atividade cerebral, e a frequência precisa ser alta para que o cérebro se acostume com a neurmodulação.

Quando a química cerebral está desbalanceada, o cérebro tenta sempre manter esses níveis, mesmo que estejam em desequilibrio. A neuromodulação visa normalizar ess atividade, estimulando ou inibindo determinadas áreas. As sessões são diárias para que o cérebro possa entender a nova configuração e se adapte para isso.


Na fase de manutenção são realizadas entre 10 e 20 sessões, e as mesmas vão ficando cada vez mais espaçadas.

Esse intervalo entre as sessões ocorre gradativamente de acordo com a resposta do paciente, ou seja, se o paciente for apresentando melhoras consistentes, as sessões vão ficando cada vez mais espaçadas. Por outro lado, se o paciente começa a apresentar recaídas, pode-se voltar a fazer sessões com uma frequência maior.

Durante esta fase, frequentemente são feitas reavaliações dos sintomas para guiar o curso do tratamento.


Indicações:

  • Doença de Parkinson

  • Paralisia Cerebral

  • Autismo

  • Distonia

  • Doença de Alzheimer

  • Dor crônica

  • Sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral)

  • Falta de memória

  • Distúrbios de fala ou escrita

  • Distúrbios do Movimento

  • Transtornos depressivos e de ansiedade.


Antes de qualquer tratamento é imprescindível que o paciente seja avaliado por um profissional capacitado.

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