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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

O que é a Estimulação Magnética Transcraniana?



Estimulação Magnética Transcraniana - EMT


A Neuromodulação não invasiva é uma excelente ferramenta para o tratamento e diversas doenças neurológicas ou psiquiátricas, e uma das possibilidades é o uso da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT/TMS - transcranial magnetic stimulation).

A EMT é um tratamento não invasivo que utiliza pulsos eletromagnéticos para estimular ou inibir determinadas áreas do cérebro.


Pra que serve a EMT?


O uso mais comum da EMT é para o tratamento de depressão refratária, ou seja, aquela que não tem boa resposta ao uso de medicamentos, entretanto, o seu uso não se restringe apenas a essa condição psiquiátrica.

O uso de EMT em outros transtornos como TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático e esquizofrenia tem mostrado excelentes resultados.

Além dos transtornos psiquiátricos, a EMT pode ser utilizada também para melhora da função motora em pacientes com sequelas de AVC, esclerose múltipla, ou em pacientes com distúrbios do Movimento, como Doença de Parkinson, ataxia, distonias. Estudos recentes têm demonstrado um efeito promissor do uso da EMT no manejo da espasticidade, facilitando assim a reabilitação desses pacientes.

O tratamento com EMT pode também melhorar potencialmente casos de dor crônica. Quer a dor seja causada por uma hérnia na coluna, artrite no joelho, danos nos nervos ou algo totalmente diferente, a dor é sentida no cérebro. Redes de neurônios no cérebro transmitem sinais de dor da medula espinhal para sua percepção consciente. O tratamento com EMT pode alterar a atividade dessas redes neurais para reduzir a percepção da dor. A maioria das estratégias de tratamento para dor usa uma abordagem “de baixo para cima”, tentando curar o tecido danificado em primeiro lugar ou bloquear a transmissão de sinais de dor para o cérebro, a EMT usa uma abordagem “de cima para baixo”, ajudando seu cérebro a ignorar os sinais de dor que são muito fortes ou duram muito tempo.

Como funciona a EMT?


O tratamento é realizado por um profissional certificado, como um médico ou um fisioterapeuta.

Na primeira sessão, o profissional realiza algumas medições na cabeça do paciente para determinar os pontos de estimulação. Essa marcação é realizada em um touca, parecida com uma touca de natação, e assim, em cada sessão, essa mesma touca será utilizada para o correto posicionamento da bobina.

A bobina pode ser posicionada em diferentes áreas do cérebro, e quem decide essa localização é o profissional, de acordo com os objetivos do tratamento com EMT.

Durante a aplicação, o paciente pode sentir batidas na região abaixo da bobina e ouvir tiques, de acordo com os pulsos magnéticos.

As sessões têm duração aproximada de 20 a 30 minutos e após a aplicação o paciente pode retomar suas atividades imediatamente e quase não existem efeitos colaterais após a aplicação.


Efeitos colaterais da estimulação magnética transcraniana

Os efeitos colaterais da EMT/TMS são incomuns. Se ocorrerem complicações, elas podem incluir:

Dores de cabeça leves (mais comuns)

Tontura

Dor no couro cabeludo

Dor de pescoço

Formigamento

Contração facial

Sonolência

Cognição alterada durante o tratamento


Duração do tratamento

O tratamento é dividido em duas fases: indução e manutenção.

Na fase de indução são realizadas de 20 a 40 sessões diárias, dependendo da patologia e da resposta do paciente. Nessa fase inicial, o objetivo é modular a atividade cerebral, e a frequência precisa ser alta para que o cérebro se acostume com a neurmodulação.

Quando a química cerebral está desbalanceada, o cérebro tenta sempre manter esses níveis, mesmo que estejam em desequilibrio. A neuromodulação visa normalizar ess atividade, estimulando ou inibindo determinadas áreas. As sessões são diárias para que o cérebro possa entender a nova configuração e se adapte para isso.


Na fase de manutenção são realizadas entre 10 e 20 sessões, e as mesmas vão ficando cada vez mais espaçadas.

Esse intervalo entre as sessões ocorre gradativamente de acordo com a resposta do paciente, ou seja, se o paciente for apresentando melhoras consistentes, as sessões vão ficando cada vez mais espaçadas. Por outro lado, se o paciente começa a apresentar recaídas, pode-se voltar a fazer sessões com uma frequência maior.

Durante esta fase, frequentemente são feitas reavaliações dos sintomas para guiar o curso do tratamento.


Indicações

  • Depressão

  • Sequelas motoras AVC

  • Esclerose Múltipla

  • Doença de Parkinson

  • Ataxias

  • Fibromialgia

  • Ansiedade

  • Dor crônica

  • Bipolaridade

  • TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

  • TEA – Transtorno de Espectro Autista

  • TOC – Transtorno Obsessivo e Compulsivo

Antes de qualquer tratamento é imprescindível que o paciente seja avaliado por um profissional capacitado.








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