De uns tempos pra cá, muitas pessoas têm falado sobre isso, relacionando a diminuição de força em membros inferiores com maior chance do desenvolvimento de demência. Será que é isso mesmo?
Em um estudo publicado por uma importante revista cientifica (Gerontology) os pesquisadores afirmam que a força das pernas é um indicador útil para saber se alguém está fazendo exercícios suficientes para ajudar a manter a mente em boa forma.
Ou seja, a força muscular é um indicativo de que a pessoa realiza exercícios físicos com regularidade. Além disso, pessoas mais ativas costumam ter uma vida social mais agitada e contato com maior número de pessoas, saindo do ambiente familiar.
Não são apenas as pernas e o coração que se exercitam quando você se movimenta, o exercício também estimula o cérebro, ou seja, quando nos exercitamos, aumentamos também o fluxo sanguíneo cerebral de maneira significativa.
Níveis mais baixos de fluxo sanguíneo cerebral e maior rigidez dos vasos sanguíneos estão associados à Déficit Cognitivo Leve e à demência.
A prática regular de exercícios físicos diminui em até 35% o risco de desenvolvimento de demências, mesmo em casos em que ha histórico genético.
Fazer exercícios aeróbicos moderados a 70% de sua frequência cardíaca máxima pode ajudar o corpo a levar oxigênio às células do cérebro, alimentando os tecidos cerebrais com nutrientes e regulando o fluxo sanguíneo.
Como ainda não há cura para a demência, o exercício deve ser pensado como medida preventiva, e quanto antes começar, melhor. O que é bom para o coração é bom para o cérebro.
Quando nos exercitamos, há um aumento da irrigação sanguínea cerebral, fazendo com que o oxigênio e os nutrientes cheguem de maneira mais efetiva no cérebro, inclusive em áreas que estão diretamente ligadas às funções cognitivas, ajudando também na formação de novos neurônios e novas conexões entre eles, além de influenciar na regulação e formação de novos neurotransmissores.
Quem pratica exercícios físicos regularmente tem mais qualidade de vida, maior capacidade funcional e maior capacidade cognitiva!
Segundo a OMS a atividade física proporciona benefícios para os seguintes desfechos de saúde em idosos: diminui a mortalidade por todas as causas, diminui a mortalidade por doenças cardiovasculares, diminui a incidência de hipertensão, de alguns tipos de câncer, do diabetes tipo 2; melhora a saúde mental (redução dos sintomas deansiedade e depressão), a saúde cognitiva e o sono. A adiposidade corporal tambémpode melhorar. Em idosos, a atividade física ajuda ainda a prevenir quedas e lesões relacionadas; o declínio da saúde óssea e da capacidade funcional.
Mas qual exercício é melhor?
Como parte da atividade física semanal, idosos devem realizar atividades físicas multicomponentes que enfatizem o equilíbrio funcional e o treinamento
de força com moderada intensidade ou maior, em 3 ou mais dias da semana, para aumentar a capacidade funcional e prevenir quedas.
Idosos devem também fazer atividades de fortalecimento muscular de moderada ou alta intensidade que envolvam os principais grupos musculares em dois ou mais dias da semana, pois estas proporcionam benefícios adicionais para a saúde.
Qualquer exercício é melhor que nenhum exercício! Procure profissionais com experiência na área para te ajudar nesse processo. É possível viver bem e com qualidade de vida na longevidade.