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Estimulação Magnética Transcraniana vs. Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua: Entendendo as Diferenças



neuromodulação não invasiva
Estimulação Magnética Transcraniana



neuromodulação não invasiva
Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua

Nos últimos anos, as técnicas de neuromodulação não invasiva têm ganhado destaque no tratamento de diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos. Entre as mais promissoras estão a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC). Embora ambas tenham como objetivo influenciar a atividade cerebral, elas operam de maneiras bastante diferentes. Neste post, vamos explorar as principais diferenças entre essas duas abordagens para ajudar você a entender melhor como cada uma delas funciona.



A Estimulação Magnética Transcraniana é uma técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro. O processo envolve a colocação de uma bobina eletromagnética sobre o couro cabeludo. Quando um impulso magnético é aplicado, ele gera uma corrente elétrica nas áreas do cérebro subjacentes, modulando a atividade neuronal.


Principais Características da EMT:


1. Precisão: A EMT permite a estimulação de áreas cerebrais muito específicas devido à focalização do campo magnético. Isso é útil para tratar transtornos como depressão, onde áreas específicas do cérebro estão envolvidas.

2. Tratamento: É amplamente utilizada no tratamento de várias condições neurológicas e psiquiátricas como a depressão resistente a medicamentos, transtornos de ansiedade, dor crônica, doença de Parkinson, sequelas motoras pós AVC, dentre outras. Sessões típicas duram cerca de 30 a 60 minutos e podem ser realizadas várias vezes por semana. Técnicas mais modernas permitem a realização de protocolos acelerados, com sessões que duram em torno de 5 minutos.

3. Efeitos: A EMT pode promover alterações na atividade cerebral que se traduzem em efeitos positivos sobre o humor, função cognitiva e melhora na função motora. É considerada segura, com efeitos colaterais mínimos, como desconforto no local da aplicação.



A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua é outra técnica não invasiva que utiliza correntes elétricas suaves aplicadas ao cérebro através de eletrodos colocados no couro cabeludo. A ETCC pode ser dividida em duas modalidades principais: anódica, que aumenta a excitabilidade cortical, e catódica, que a diminui.


Principais Características da ETCC:


1. Versatilidade: A ETCC é uma técnica mais simples em termos de equipamento e pode ser usada para uma ampla gama de condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo melhorias na cognição, alívio de sintomas depressivos e melhora de sintomas motores.

2. Tratamento: As sessões de ETCC frequentemente são realizadas em casa, com dispositivos portáteis. A duração das sessões pode variar, mas geralmente dura entre 20 a 40 minutos. Uma grande vantagem da ETCC é que é possível realizar a estimulação associada à outros tratamentos, como fisioterapia, por exemplo.

3. Efeitos: A ETCC também tem sido associada a mudanças na excitabilidade cortical e pode promover efeitos terapêuticos. Efeitos colaterais são geralmente leves, como irritação na pele onde os eletrodos são aplicados.


Comparando EMT e ETCC


Precisão vs. Versatilidade: A EMT oferece maior precisão na estimulação de áreas específicas do cérebro, enquanto a ETCC é mais versátil e acessível, podendo ser utilizada em diferentes contextos e condições.


Equipamento e Aplicação: A EMT requer equipamento especializado e é geralmente administrada em clínicas ou hospitais, enquanto a ETCC pode ser realizada com dispositivos portáteis em casa, tornando-a mais acessível para uso contínuo.


Efeitos e Aplicações: Ambos os métodos têm mostrado benefícios, mas a EMT pode ter um impacto mais pronunciado em condições específicas devido à sua precisão. A ETCC, por outro lado, oferece uma abordagem mais ampla e menos invasiva.



Tanto a Estimulação Magnética Transcraniana quanto a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua têm papéis importantes na neurociência e na prática clínica. A escolha entre uma e outra deve ser feita em consulta com um profissional de saúde qualificado, que pode avaliar a condição específica, as preferências do paciente e a acessibilidade do tratamento.





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