Recentemente, o ator Bruce Willis foi diagnosticado com um tipo específico de demência, a demência frontotemporal. O que trouxe bastante visibilidade para o tema.
A demência pode ser denifida como uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender.
Os sintomas geralmente incluem perda de memória, dificuldade de linguagem a na realização de atividades do dia a dia, mudanças de personalidade, desorientação e comportamentos inapropriados.
Conforme a doença progride, a pessoa vai ficando cada vez mais dependente de cuidados, sendo incapaz de realizar suas tarefas sozinha.
O tratamento deve ser multidisciplinar e visa manter a função mental pelo maior tempo possível.
A demência ocorre principalmente em pessoas com mais de 65 anos, porém, em alguns casos o inícios do sintomas ocorre de maneira precoce, o que dificulta o diagnóstico.
Mudanças no cérebro relacionadas à idade (também chamada perda de memória associada à idade) causam alguma diminuição da memória a curto prazo e da capacidade de aprendizagem. Essas alterações, ao contrário da demência, ocorrem normalmente conforme a idade das pessoas e não afetam as funções normais. A perda de memória nos idosos não é necessariamente um sinal de demência ou de início de Alzheimer, no entanto, os sintomas mais precoces da demência são muito semelhantes.
O comprometimento cognitivo leve provoca maior perda de memória do que a perda de memória associada à idade. Também pode prejudicar a capacidade de uso da linguagem, do pensamento e o uso do bom senso. No entanto, assim como a perda de memória associada à idade, não afeta a capacidade de funcionar ou fazer tarefas diárias. Até metade das pessoas com transtorno cognitivo leve desenvolve demência dentro de 3 anos.
Declínio cognitivo subjetivo refere-se a um declínio contínuo da função mental que a pessoa afetada observa, mas que não é identificada por testes padronizados para deficiência cognitiva leve. Pessoas com declínio cognitivo subjetivo apresentam desempenho normal nesses testes. No entanto, essas pessoas são mais propensas a desenvolver comprometimento cognitivo leve e demência.
A demência é uma deterioração mais grave das capacidades mentais, que piora com o tempo. As pessoas com um envelhecimento normal podem perder coisas ou esquecer detalhes, mas as que sofrem de demência podem esquecer por completo alguns acontecimentos. As pessoas que têm demência têm dificuldade de fazer tarefas diárias normais como dirigir, cozinhar e lidar com as finanças.
Por se tratar de uma alteração primariamente cognitiva, faz sentido pensar que a fisioterapia não seja importante no acompanhamento desses pacientes. Entretanto, diversas alterações motoras ocorrem secundariamente às alterações cognitivas, a maioria relacionadas a imobilidade que pode trazer complicações como lesões por pressão, dores, deformidades articulares, trombos, contraturas e êmbolos..
.Outro ponto importante é apoio e ensino aos cuidadores/familiares e na prevenção e redução do risco de quedas, uma das principais causas de internamento hospitalar nesta patologia.
O papel da fisioterapia nas demências é fundamental, uma vez que visa garantir a mobilidade, manutenção da autonomia (dentro das possibilidades e do estágio da doença), evitar quedas, e em fases mais avançadas, é essencial promover conforto para o paciente.
Por se tratar de uma condição progressiva, é importante que o acompanhamento com o fisioterapeuta tenha início precocemente, garantindo assim uma boa conexão entre fisioterapeuta e paciente.
Mas como a fisioterapia funciona no paciente com demência?
Sempre deve-se optar pela máxima participação do indivíduo,, estimulando as funções físicas e cognitivas.
As condutas devem sempre incluir o treino das funções que o indivíduo realiza em seu cotidiano, mesmo que eles ainda não tenham uma perda de movimentos, estimulando a marcha e ensinando ajustes posturais e fortalecimento da base de apoio.
Além dos exercícios para motricidade, a fisioterapia respiratória é essencial, e deve estar presente em todas as fases, visando a prevenção de problemas nas vias respiratórias.
A fisioterapia deve ser um momento de descontração, que estimule o dinamismo e que seja também interessante para o indivíduo.
Quando não for mais possível realizar esse tipo de exercício ativo, no entanto, é preciso fazer os exercícios assistidos e, posteriormente, os passivos, sempre visando mobilidade e conforto para o paciente e seus familiares.
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