Você já deve ter ouvido falar sobre a importância da fisioterapia na Doença de Parkinson, mas você sabe porquê ela é tão importante?
A Doença de Parkinson se manifesta com sintomas motores e não motores.
Os sintomas motores são tremor de repouso, rigidez e lentidão nos movimentos, e podem atrapalhar muito a qualidade de vida do indivíduo. Além disso, conforme a doença progride, ocorre também instabilidade postural, o que é um fator de risco importante para quedas. A fisioterapia é uma importante aliada ao tratamento e quando aplicada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, pode promover alterações em circuitos neuronais - neuroplasticidade - e consequentemente amenizar alguns sintomas. Conforme a doença a progride, o indivíduo pode apresentar dificuldades para caminhar e realizar atividades cotidianas, como: trocar de roupa, pentear os cabelos, escovar os dentes, cortar alimentos, rolar na cama, sentar, levantar, dentre outras. Além disso, pode ficar mais propenso a quedas, o que leva a insegurança e aumento da imobilidade. O tratamento fisioterapêutico para a Doença de Parkinson é bastante específico e varia conforme o estado atual do paciente e a fase de evolução da doença. A Sociedade Internacional dos Distúrbios do Movimento elaborou em 2014 diretrizes para o atendimento de pessoas com Parkinson. Este documento enfatiza que a prática de atividade física é um item essencial dentro da estratégia de tratamento, independente da fase da doença. Atualmente, considera-se também que a associação entre neuromodulação não invasiva (TMS/ TDCS) e reabilitação especializada tem trazido benefícios em diversos sintomas, em especial para o congelamento da marcha, sintoma que traz grandes complicações e limitações aos pacientes e não responde bem à medicamentos. Deve-se lembrar que quanto mais precoce for iniciado o processo de reabilitação, melhores são os benefícios em curto e longo prazo em relação ao manejo dos sintomas e na qualidade de vida do paciente.
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