O Alzheimer é um distúrbio cerebral neurodegenerativo que afeta a memória e as habilidades de pensamento e, em alguns casos, a capacidade de realizar as tarefas consideradas simples.
A doença acomete, principalmente, pessoas com mais de 60 anos, mas pode ocorrer em pessoas mais jovens.
O QUE É ALZHEIMER?
O Alzheimer é um dos mais de 60 tipos de demência e pode ser definida como uma doença degenerativa, ou seja, um processo progressivo de perda das funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento, linguagem, atenção, capacidade de planejamento, representando um declínio do estado geral de uma pessoa em relação a um estado anterior e influenciando seu desempenho para as Atividades de Vida Diária (autocuidado, continência, transferências e alimentação).
É o tipo de demência mais comum, representando aproximadamente de 50 a 70% dos casos.
O QUE ACONTECE COM O CÉREBRO?
O cérebro de um paciente com doença de Alzheimer sofre um processo degenerativo, progressivo e irreversível, com morte de neurônios localizados principalmente em regiões específicas do cérebro, responsáveis pela memória e outras funções cognitivas.
A doença se divide em 3 fases, desde um estágio inicial, de menor dependência, até o estágio avançado, em que a dependência é total.
Estágio inicial
A primeira fase (leve) dura, aproximadamente, de 2 a 3 anos, com a presença de sintomas vagos difusos, instalação lenta onde a principal característica é a memória alterada. O paciente nessa fase também pode apresentar desorientação, alterações da linguagem, aprendizado, concentração e crítica comprometida.
Estágio intermediário
Já a segunda fase (intermediária) dura, aproximadamente, de 3 a 5 anos, também é progressiva e lenta, com maior deterioração de memória e sintomas mais pronunciados. Acompanham alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração. As emoções, personalidade e comportamento social também podem ficar progressivamente alterados.
Nesta fase ocorrem alterações de postura, marcha e tônus muscular.
Estágio avançado
A última fase (grave) tem uma duração variável, pois existem mais recursos para o tratamento das complicações da doença (infecções, desidratação e lesões de pele) e os indivíduos podem viver muitos anos nesta fase. As funções do organismo já se encontram mais gravemente comprometidas. A fala já está prejudicada. Mais comumente se observa incontinência urinária e fecal. Podem aparecer sintomas e sinais neurológicos grosseiros: rigidez, convulsões, tremores e movimentos involuntários. Esta fase evolui até o estado total vegetativo, culminando com a morte.
QUAL É A CAUSA DA DOENÇA DE ALZHEIMER?
Ainda não está bem estabelecida uma causa específica para o aparecimento da doença de Alzheimer, porém o que se sabe é que existem inúmeros fatores de risco que podem contribuir para o seu aparecimento.
De forma geral, os fatores de risco para as doenças do coração (diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia) são os mesmos que para a doença de Alzheimer. Além desses, a depressão, traumatismo craniano, isolamento social e hábitos ruins como sedentarismo, por exemplo também contribuem para o surgimento dos sintomas.
Os casos “genéticos” são mais raros, representando algo em torno de 5%, e geralmente a doença se apresenta de forma mais grave, com evolução mais rápida e início em idades mais jovens (antes dos 60 anos). Os outros 95% são de aparecimento esporádico. O risco de desenvolver a doença é mais alto (de 2 a 3 vezes) em indivíduos que têm parentes de primeiro grau acometidos, assim como esse risco é aumentado na grande maioria das doenças.
SINTOMAS DE ALZHEIMER
No estágio inicial, os principais sintomas do Alzheimer são:
Memória alterada;
Desorientação;
Alterações da linguagem, aprendizado e concentração;
Crítica comprometida.
No estágio intermediário, os sintomas incluem:
Maior deterioração de memória;
Alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração;
Alterações nas emoções, personalidade e comportamento social;
Alterações de postura, marcha e tônus muscular.
Já no estágio avançado, as funções do organismo se encontram mais gravemente comprometidas. Os sintomas principais são:
Incontinência urinária e fecal;
Sinais neurológicos graves, como rigidez, convulsões, tremores e movimentos involuntários.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA?
O diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico, ou seja, é realizado através de uma consulta médica, onde o profissional faz uma anamnese com o paciente e também com seus familiares para entender todas as características das queixas e realizar o diagnóstico. Através da história, exame físico e aplicação de testes específicos de avaliação das funções cerebrais, o médico faz a hipótese e diagnóstico da doença.
Fisioterapia e Alzheimer
Diante das mudanças físicas, cognitivas e sociais, o tratamento fisioterapêutico é extremamente importante, visando retardar o desenvolvimento da atrofia motora, estimulando as atividades de vida diária (ADV’s), atividades instrumentais de Vida diária (AIVD’s), melhorando a amplitude de movimento, força muscular, minimizando a rigidez muscular e treinamento da marcha.
O objetivo principal do tratamento fisioterapêutico é proporcionar qualidade de vida às pessoas por meio da prevenção e reabilitação física.
A fisioterapia para Alzheimer deve ser realizada, preferencialmente, 2-3 vezes por semana em pacientes na fase inicial da doença e, que apresentam sintomas como, dificuldade na marcha ou equilíbrio, visando manter a autonomia do doente por um maior período. No entanto, na fase avançada, estando acamado, é importante fazer fisioterapia diariamente para evitar a atrofia muscular e manter a amplitude das articulações.
Benefícios da fisioterapia no Alzheimer
Ajudar o indivíduo a movimentar-se mais livremente, mantendo alguma autonomia e mobilidade para se movimentar na cama, sentar ou andar, por exemplo;
Evitar que os músculos fiquem rígidos ou atrofiados, o que causa dor e dificulta a realização de tarefas;
Permitir a boa amplitude das articulações, para realizar as tarefas do dia-a-dia;
Prevenir quedas que podem levar à fraturas ósseas, que podem necessitar de tratamento cirúrgico;
Prevenir dores musculares e articulares.
Desta forma, a fisioterapia permite que o indivíduo mantenha alguma autonomia, conseguindo realizar suas tarefas do dia-a-dia sozinho ou com o mínimo de ajuda possível. Além disso, a capacidade de se mexer e mobilizar sozinho ajuda a retardar problemas comuns na doença, como prisão de ventre, desenvolvimento de infeções respiratórias ou escaras.
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