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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

Dor crônica tem tratamento?



O que é dor crônica? Dor crônica é uma dor persistente, que permanece mesmo após o tempo de cura do tecido danificado, em geral mais que 3 meses. Uma ampla variedade de condições comuns está associada à dor crônica, incluindo câncer (e seu tratamento), doença degenerativa da coluna vertebral, osteoartrite, fibromialgia, vírus da imunodeficiência humana, enxaqueca, neuropatia diabética e neuralgia pós-herpética, por exemplo. A localiazação das dores é variada e estima-se que um terço da população seja acometido por esse tipo de dor.

Quando não tratada, a dor crônica é uma condição muito complexa, uma vez que essa dor é um produto do cérebro, e não de uma lesão local e nos casos de dor crônica, não há uma relação entre a extensão da lesão e o nível da dor.

A dor crônica causa ainda impactos biológico, psíquico, econômico e social, trazendo grandes prejuízos para o paciente.


Dor é influenciada por diversos fatores como pensamentos, atividades, sono, estresse, e muitas vezes, as pessoas ao nosso redor não conseguem dizer se estamos ou não sentindo dor. Exceto em casos extremos quando alguém está se debatendo, gritando, implorando para que o matem devido a dor ou quando os sinais de dor são visíveis fisicamente, é muito difícil identificar esses sinais em outra pessoa.


Na escala visual analógica de dor (EVA) que vai de 1 a 10, de 1 a 3 é dor leve, de 4 a 6 é dor moderada e de 7 a 10 é dor severa. Os níveis 4, 5, 6, 7 e 8 causam um imenso prejuízo na vida da pessoa que a possui e muitas vezes não são percebidas por outras pessoas.

A dor é individual, e não possível medir a dor de outra pessoa.


Uma grande dificuldade de quem sente dor crônica é a falta de empatia de pessoas próximas.

Por ser dificil de vizualizări os sintomas, algumas pessoas podem achar que a dor não é tão intensa, ou que é fraqueza ou drama de quem está sentindo a dor.

É importante ressaltar que dor crônica é uma doença e que conviver com dor traz diversos prejuízos como perda da capacidade funcional e laboral, humor deprimido, isolamento social, dentre outros.


O tratamento da dor crônica pode ser bastante desafiador e inclui prática regular de exercícios físicos, fisioterapia, meditação, medicamentos, psicoterapia, cirurgias, dentre outros.


Já se sabe que a estimulação da camada superficial do cérebro, o córtex, pode levar à diminuição da dor crónica. Acredita-se que isto ocorra pois, por um lado, a estimulação interfira nos sinais inadequados de dor e, por outro lado, fortaleça a forma como o cérebro combate a dor. Neste último caso, a estimulação aumenta os sinais que o cérebro envia pela medula espinhal para interromper sinais anormais de dor. Existem vários tipos de estimulação cerebral que foram desenvolvidos para esse fim, entre eles está a estimulação magnética transcraniana (EMT/TMS).


A TMS é uma forma não invasiva de “ligar” partes muito pequenas do cérebro por meio de uma série de pulsos magnéticos. Para fazer isso, usamos uma bobina eletromagnética que envia pulsos ao cérebro para gerar uma pequena corrente elétrica. O cérebro então encontra uma maneira de usar essa corrente para interromper os sinais de dor.


Para aplicar a TMS, usamos uma bobina revestida de plástico que é mantida contra a cabeça e envia o pulso magnético através do crânio até o cérebro. O posicionamento exato da bobina é determinado pelo profissional através de uma avaliação individualizada. Uma vez estabelecido o local da estimulação, o tratamento consiste em sessões que duram em torno de 20 minutos.

Não é necessário sedação, o paciente fica acordado durante todo o procedimento, a técnica é não invasiva e poucos efeitos colaterais (dores de cabeça, crise convulsiva) já foram relatados na literatura.








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