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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

Desafios na reabilitação da Doença de Parkinson



O mês de abril é o mês de conscientização sobre a Doença de Parkinson, uma doença que atinge majoritariamente a população acima de 60 anos, e tem caráter progressivo. Os principais sintomas da DP são: tremor de repouso, lentidão dos movimentos, rigidez, e nos estágios mais avançados, instabilidade postural e congelamento da marcha. Além dos sintomas motores, diversos sintomas não motores também estão presentes, trazendo grande prejuízo na qualidade de vida.

Os desafios são diversos em relação ao tratamento da doença, uma vez que ainda não existe cura.


A reabilitação é uma grande aliada no tratamento, e deve ser iniciada o mais precoce possível.

Muitos pacientes ficam preocupados em ter que fazer fisioterapia "pra sempre", ou nunca mais poder ficar sem exercícios. Porém, uma vez que começam a perceber os benefícios da reabilitação, existe uma grande chance de que o próprio indivíduo não pense mais em abandonar o tratamento.


Qual a frequência ideal?

A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de exercício físico de moderada intensidade por semana para TODOS os adultos.

Em relação à Doença de Parkinson, existe uma recomendação da American College of Sports Medicine em associação com a Parkinson’s Disease Foundation sugerindo 2,5 de exercícios por semana para uma melhor qualidade de vida e manejo dos sintomas da doença.


Que tipo de exercício é preciso fazer?


  1. Atividade aeróbica - caminhada rápida, corrida, bicicleta, natação.

  2. Treino de força - é importante trabalhar grandes grupos musculares e os exercícios podem ser realizados com aparelhos, elásticos ou até mesmo o peso do próprio corpo.

  3. Treino de equilíbrio estático e dinâmico;

  4. Exercícios de flexibilidade ou alongamento - yoga, Tai Chi, Lian Gong.

 


Não existe uma receita de bolo, e é sempre importante avaliar o contexto de cada pessoa, porém, nos estágios iniciais da doença, qualquer tipo de exercício físico é recomendado. Exercícios aeróbicos, musculação, dança, artes marciais, esportes aquáticos; qualquer atividade que o paciente consiga realizar com segurança.

Conforme a doença vai evoluindo, o acompanhamento mais próximo passa a ser necessário, e nesse caso, é importante um fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional. Esse profissional tem conhecimento e capacitação para cuidar de pessoas com Parkinson de maneira adequada, buscando estratégias para o tratamento que estejam de acordo com as necessidades específicas que o avanço da DP traz.

É possível viver bem com Parkinson!


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