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Foto do escritorDra Rachel Guimaraes

Como ter mais qualidade de vida no envelhecimento?



A expectativa de vida nunca foi tão alta como é atualmente. Graças à medicina e à avanços científico-tecnológicos é possível viver por mais tempo. Mas nem sempre viver por mais tempo significa viver com qualidade de vida ou viver melhor.


É preciso entender que alterações fisiológicas importantes fazem parte do processo de envelhecimento, caracterizando a senescência como um conjunto de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas que ocorrem no organismo humano ao longo da vida e que não configuram doença. Assim, o ato de envelhecer caracteriza-se pelo conjunto dessas modificações previsíveis e progressivas. Esse processo não se dá de maneira uniforme entre as pessoas, uma vez que, no mesmo indivíduo, um órgão pode sofre mais comprometimento do que o outro; bem como questões genéticas, de estilo de vida e exposições ambientais também influenciam no processo de envelhecimento de cada pessoa.


Ocorrem alterações metabólicas, anatômicas, na composição corporal, nos sistemas nervoso, cardiovascular e respiratório, alteração no padrão de sono, na postura, equilíbrio, além de alterações cognitivas e comportamentais.


Apesar de algumas dessas mudanças serem consideradas normais, como a diminuição no número de fibras e do volume muscular, não significa que nada pode ser feito durante esse processo.


Existem medidas que podem fazer com que haja qualidade de vida para pessoas em idades mais avançadas, e é válido lembrar que quanto antes começar, melhor.


A prática regular de exercícios físicos é uma maneira científicamente comprovada de garantir um corpo forte, com mobilidade e saudável na velhice.

Vale ressaltar que a prática de exercícios físicos regulares, independente da idade, ajuda a aumentar a massa, força e velocidade muscular, bem como previne perda óssea, quedas, e melhora a função articular, além de diminuir fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer e melhora o ritmo do sono.


Além dos exercícios, outras medidas podem contribuir para uma maior qualidade de vida, como:


  1. Socialização: Pessoas com maior nível de interação social são menos propensas a relatarem sintomas depressivos e ansiosos. Além de apresentarem melhor funcionamento físico, menores taxas de mortalidade e menor risco de desenvolvimento de doenças, como pressão alta, infarto, doença de Alzheimer e câncer.

  2. Qualidade do sono - É durante o sono que o organismo exerce as principais funções restauradoras do corpo, como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular e a síntese de proteínas. Durante este momento, é possível repor energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter corpo e mente saudáveis. Dormir bem é, então, hábito que deve ser incluído na rotina de todos.

  3. Alimentação - alimentação saudável é uma das melhores maneiras de garantir qualidade de vida, porque faz nosso corpo funcionar de forma adequada e também ajuda na prevenção de doenças. Ela deve ser balanceada, rica em proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas, água e sais minerais. Esses itens são essenciais para todas as pessoas que pretendem ter uma vida melhor. A diversidade de grãos, verduras, legumes e frutas deve fazer parte das refeições do dia a dia.

  4. Desafie-se - Nosso corpo se adapta a qualquer estímulo que recebe, seja físico ou cognitivo, entretanto, ele também se acostuma à falta desses estímulos, e acaba ficando mais "lento e preguiçoso", por isso ao serem estimulados fisica e cognitivamente os indivíduos navegam em situações interpessoais complexas, ouvindo, processando informação e ajustando-se às condições em mudança de forma a que tenham de se ajustar continuamente ao ambiente e à atividade. Esses estímulos podem não só ajudar a melhorar a qualidade de vida, como atrasar o declínio cognitivo e físico permitindo a manutenção da função por mais tempo. Cuide da sua saúde, cuide do seu eu no futuro!

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