DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás somente da doença de Alzheimer, é causada pela morte de neurônios que produzem dopamina - substância que está intimamente ligada aos movimentos. Os principais sintomas são lentidão dos movimentos, tremor e rigidez. Porém, outros sintomas como instabilidade postural, congelamento da marcha e sintomas não motores (depressão, ansiedade, constipação intestinal, dores, alteração do sono, perda de olfato) também costumam estar presentes.
Por ser uma doença de caráter progressivo o acompanhamento por profissionais de saúde é muito importante e promove melhor autonomia, independência, e qualidade de vida.
A doença de Parkinson é considerada uma doença da terceira idade, uma vez que os sintomas costumam aparecer por volta de 60 anos. Entretanto, 10-15% dos casos tem início precoce, e nestes a evolução tende a ser mais grave.
O diagnóstico é feito pelo neurologista e é baseado em critérios clínicos, porém, exames de imagem podem auxiliar na exclusão de outras doenças.
Apesar de ainda não existir cura para o Parkinson, é possível que os sintomas sejam controlados e que os pacientes possam seguir sua rotina e atividades.
O tratamento inclui medicamentos, fisioterapia e em alguns casos cirurgias cerebrais.
A fisioterapia é uma importante aliada ao tratamento e quando aplicada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, pode promover alterações em circuitos neuronais - neuroplasticidade - e consequentemente amenizar alguns sintomas.
Conforme a doença a progride, o indivíduo pode apresentar dificuldades para caminhar e realizar atividades cotidianas, como: trocar de roupa, pentear os cabelos, escovar os dentes, cortar alimentos, rolar na cama, sentar, levantar, dentre outras. Além disso, pode ficar mais propenso a quedas, o que leva a insegurança e aumento da imobilidade.
A sociedade internacional dos distúrbios do Movimento elaborou em 2014 diretrizes para o atendimento de pessoas com Parkinson, e a pratica de atividade física foi considerada essencial ao tratamento, independente da fase da doença. Um aspecto importante é que quanto antes for iniciado o processo de reabilitação melhores são os benefícios e o manejo dos sintomas.
O tratamento fisioterapêutico para a Doença de Parkinson é bastante específico e varia conforme o estado atual do paciente e a fase de evolução da doença.
A Sociedade Internacional dos Distúrbios do Movimento elaborou em 2014 diretrizes para o atendimento de pessoas com Parkinson. Este documento enfatiza que a prática de atividade física é um item essencial
dentro da estratégia de tratamento, independente da fase da doença. Atualmente, considera-se também que a associação entre neuromodulação não invasiva (TMS/ TDCS) e reabilitação especializada tem trazido
benefícios em diversos sintomas, em especial para o congelamento da marcha, sintoma que traz grandes complicações e limitações aos pacientes e não responde bem à medicamentos. Deve-se lembrar que
quanto mais precoce for iniciado o processo de reabilitação, melhores são os benefícios em curto e longo prazo em relação ao manejo dos sintomas e na qualidade de vida do paciente.